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Ilhas do Rio de Janeiro

Ilha do Rio de Janeiro fotografada do topo do Pão de Açucar

Algumas ilhas do Rio estão entre as atrações turisticas da cidade. Existem ilhas na Baía de Guanabara, na Baía de Sepetiba e também ilhas oceânicas como as Ilhas Cagarras e Ilhas da Tijuca, que estão em mar aberto.

Alguns passeios de barcos com guias experientes e autorizados, permitem ir até ilhas em área de importância ecológica, para conhecimento da fauna e flora, caminhadas, mergulho e até pesca submarina. Entretanto aqui fala-se de diversas ilhas, mesmo as que não podem ser visitadas.

As Ilhas e a formação geológica das àreas ao redor da Baía de Guanabara

É interessante notar que, as ilhas contidas das baías da cidade assim como algumas ilhas oceânicas, ou seja, em mar aberto mas próximas ao litoral são parte da mesma formação geológica das montanhas e montes do Rio de Janeiro.

O surgimento das ilhas nas áreas costeiras da cidade, encontra explicação no estudo do passado geológico, quando ocorreu o surgimento de rochas elevadas, e ocorreu também a elevação do nível dos oceanos.

Deste modo, muitas áreas baixas, que antes eram secas, foram cobertas pela água do mar, fazendo com que alguns pontos altos aparecessem separados entre sí, ou seja com água entre eles.

Assim surgiram os arquipélagos compostos de ilhas e ilhotas espalhadas pelo litoral, criando um belo cenário marítimo ao redor.

Ilhas da Baía de Guanabara

Algumas ilhas da Baía de Guanabara, como Ilha do Governador, Ilha do Fundão e Paquetá são bastante conhecidas e ocupadas.

A Ilha do Governador é na verdade uma cidade dentro da cidade do Rio de Janeiro. Somente nesta Ilha existem 14 bairros, entre eles o bairro do Galeão, onde está intalado o Aeroport Internacional do Rio de Janeiro.

Embora a Ilha do Governador seja uma das que mais sofreu com impacto ambiental em função do aeroporto, por outro lado sob o ponto de vista ambiental é de extrema importância para o Rio de Janeiro, pois esta possui o maior viveiro de vegetação de mangues da Améria do Sul, o Manguezal de Jequiá, em Jequia, um bairro da Ilha. Um projeto tem sido desenvolvido junto à uma colônia de pescadores, criando mudas que serão usadas na recuperação e replantio das áreas de manguezais que foram arrasadas.

A Ilha do Fundão ou Ilha da Cidade Universitária é onde está intalada a maior parte das faculdades da UFRJ ou Universidade Federal do Rio de Janeiro, além contar com um grande hospital universitário, e outras grandes intalações de institutos de pesquisas, entre eles um da Petrobrás. A Ilha do Fundão é na verdade um grande aterro que fez unir inúmeras pequenas ilhas, em área existiam manguezais, tornando-as uma ilha de grande extensão.

Existem inúmeras outras ilhas que podem merecer atenção de curiosos, pesquisadores e turistas por causa de suas formações, vegetação e também por causa de programas de preservação ambiental.

Muitas ilhas tem nomes curiosos, pois estas denominações vem de tempos muito remotos, nomes estes dados pelos nativos que pertenciam ao ramo tupi-guaranis, que viviam nas terras circundantes da Baía de Guanabara. Quando os europeus e colonizadores aqui chegaram, passaram a utilizar muitos nomes já adotados pelos nativos, tanto para as ilhas, como para os acidentes geográficos, assim como para nomes de peixes, animais e plantas. Em mapas do século 16 e 17, é possivel ver que algumas ilhas e varios locais tinham nomes indígenas, ao invés dos nomes atuais.

Entre os nomes curiosos de Ilhas, cujos nomes remetem à denominação original, estão Paquetá, Nhaquetá, Tapuamas, Jurubaíba, Itapacís, Pacaraíba, Aroeiras, Boqueirão, Brocoió, etc.

Jurubaíba é um arquipélago à leste da Ilha do Governador, e seu nome Tupí remete ao fato do local ser de difícil navegação.

Itapacis localizada entre Paquetá e o arquipélago de Tapuamas significa pedra lisa.

A Ilha do Brocoió significa sussurar, situa-se muito próxima de Paquetá mas bem menor, estando entre esta última e o arquipélago de Tapuamas. Na Ilha existe uma mansão em estilo Europeu, estilo este um tanto incongruente com o clima de verão do Rio de Janeiro. A mansão foi construida nas primeiras décadas do século 20, por um empresário e milionário que foi proprietário do Copacabana Palace entre outros grande empreendimentos. Nesta época a Ilha de Páqueta e região estava no auge de sua fama e procura como balneário de férias de famílias abastadas do Rio de Janeiro. Esta mansão foi posteriormente, na metade do século 20 comprada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, para ser residência de verão do Governador.

A ilha do Brocóio se mantem isolada, e possui densa vegetação em praticamente toda a sua extensão, embora se escute dizer que é mata de segunda geração, e não floresta nativa. A ilha não pode ser visitada, exceto por agendamento prévio.

Ilha do Sol é parte das Ilhas Tapuamas. Ilha do Sol ficou conhecida em certa época, nacionalmente e até mesmo internacionalmente por ter sido residência da atriz Luz del Fuego. No local a atriz criou o primeiro club naturista do Brasil. Esta ilha pode ser vista da barca que leva passageiros do Rio à Paquetá.

Paquetá, além de ilha é também é um bairro do Rio de Janeiro, sendo também um local turistico, que se destaca pela tranquilidade, onde não é permitido o uso de automóveis. Os moradores e visitantes da Ilha se locomovem à pé ou usando charretes ou bicicletas.

O nome Paquetá que também tem origem indígena, tem significado dúbio, provavelmente significa muitas conchas ou mariscos em abundância. Para visitar a Ilha, é preciso pegar uma barca na Praça XV, no Centro do Rio, sendo a própria viagem de 70 minutos de duração um dos atrativos do passeio.

Outra pequena Ilha que merece atenção é a Ilha Fiscal, próxima à Praça XV, sendo um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.

A Ilha das Cobras esta entre as ilhas importantes, mas que não são pontos turísiticos. Esta abriga inúmeras instalações da Marinha Brasileira e já foi um importante fortificação na defesa da cidade. Esta pode ser vista da barca que liga o Rio à Niteroi.

A Ilha de Villegagnon, que hoje sedia a Escola Naval, muito próxima ao Aeroporto Santos Dumont e Marina da Glória, está muito diferente do que foi no passado quando então também abrigava forticações para a defesa da cidade em tempos passados. Também pode ser vista por quem sai em passeio de saveiro pela Marina da Glória ou por quem faz o percurso Rio-Niteroi.

Ilhas Oceânicas

A Ilhas oceânicas são ilhas em mar aberto, fora da baías, no litoral banhado diretamente pelo Oceano Atlântico. Visitas à estas ilhas podem ser feitas através de operadoras de turismo ou agências de viagens, que oferecem tours ou passeios marítimos de saveiro ou lanchas, que geralmente partem da Marina da Glória.

As Ilhas mais famosas e que mais atraem a atenção são as Ilhas Cagarras e Ilhas da Tijuca. Diz-se ilhas, por que formam um arquipélago, sendo que as Ilhas da Tijuca podem ser avistadas da praia da Barra da Tijuca enquanto as Cagarras ficam à frente da Pedra do Arpoador, podendo serem bem vistas daquele local ou da Praia de Ipanema.

O Arquipelágo das Ilhas Cagarras é considerado uma área de grande importância ecológica, e existem projetos de conservação ambiental com biólogos monitorando as ilhas. Alguns advogam que o arquipélago deveria se tornar um Monumento Natural, o que implicaria na proibição de pesca amadora e atividades de ecoturismo. Outros acham que a área deve ser mantida com o mesmo status de preservação, e permitindo pesca amadora e ecoturismo de forma sustentável.

As ilhas cagarras possuem muitos golfinhos ao redor, tartarugas, e são habitadas por aves grandes como fragatas e atobás. Muitos podem se emocionar ao verem golfinhos tão próximos á cidade, mas para quem não sabe, até o início do século 19 havia muitas baleias inclusive no interior da Baía de Guanabara. E os golfinhos eram um espetáculo à parte até quase o final do século 19, sendo vistos até ao redor da antiga Ilha Fiscal, no interior da Baía.

O Arquipélago das Ilhas da Tijuca é formado por várias ilhas, entre elas a Ilha do Meio que fica mais próxima de São Conrado mas bem vista da Barra da Tijuca, Ilha da Alfavaca, Pontuda e Lajes da Tijuca. Estas últimas, como o próprio nome indica, são um grupo de platôs de rocha.

Estas ilhas são também muito procuradas por mergulhadores e fotógrafos pelo fato de possuirem ao mesmo tempo uma ótima visibilidade e ao mesmo tempo uma rica fauna marinha. No local são vistos

Para chegar às Ilhas da Tijuca, pode-se procurar alguma operadora de turismo ou mergulho na Marina da Glória, ou talvez alugar um barco a motor com condutor no Canal da Joatinga no Início da Barra da Tijuca. De lá, leva-se uns 15 minutos para chegar às Ilhas.

A Ilha de Cotunduba é também uma ilha do litoral em mar aberto, situada bem na entrada da Baía de Guanabara, próxima à Praia Vermelha. É possível que algumas operadoras de ecoventura e ecoturismo organize tours de barco em direção à ilha partindo desta praia. Alguns adptos de esportes de aventura, praticam rapel e alpinismo nos rochedos da ilha.

A Ilha Rasa, situa-se em Guaratiba, na zona oeste da cidade, depois dos bairros da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. Segundo dizem, é um dos pontos para se avistar Baleias Jubarte quando estão passando pela costa do Rio em atividade migratória. A Ilha possui pequena flora em risco de extinção, como tipos de capins, cactos e arbustos.

As Ilhas das Peças e Ilhas das Palmas possuem bancos de areia, manguezais, Mata Atlântica e rochedos, e fazem parte da Área de Proteção Ambiental de Grumari.

Ilhas na Baía de Sepetiba

Uma área da Baía de Sepetiba que é parte da Cidade do Rio de Janeiro engloba várias ilhas como ilha do Bom Jardim, ilha Nova, Cavado, Guaraquessaba, Tatu e Ilha da Pescaria.

A Ilha da Pescaria está sob jurisdição e uso da Base Aérea de Santa Cruz. Esta ilha está ligada ao continente por um comprido pier.

As ilhas da Baía de Sepetiba, tem como principal caracteristica a vegetação de restinga e áreas alagadas. No local existe pesca não comercial feita por pescadores locais e também catadores de sururú, um molusco bastante utilizado em pratos do mar. Este molusco é típico de lagoas lamacentas e mangues.

Referências

  • Livros sobre o Rio de Janeiro e sua história, e artigos sobre turismo foram consultados para dar suporte à criação desta página.