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Cosme Velho

Sobre Cosme Velho, um tradicional bairro situado em uma parte alta da Zona Sul do Rio, onde o clima ameno e verde das montanhas produzem um encantamento especial, com atrações turisticas e históricas.

História do Cosme Velho

Acredita-se que a origem do nome do bairro, venha de um próspero negociante que possuía comércio na Rua Direita, atualmente chamada de Rua Primeiro de Março, no Centro Histórico do Rio de Janeiro.

Na métade do século 18 (por volta de 1700), Cosme Velho era também proprietário de terras ao longo do Rio Carioca que desce o antigamente conhecido Vale das Laranjeiras ou Vale do Rio Carioca.

Diz a história deste homem, que ele exerceu também cargo de juiz da Irmandade de São José, tendo sido também um grande benfeitor desta irmandade, para a qual teria doado um órgão que já foi substituído pelo que existe atualmente.

A história do bairro do Cosme Velho é de certa modo ligada à história do bairro das Laranjeiras, sendo que ambos os locais, eram primordialmente local de grandes e boas chácaras, habitadas por pessoas de posse em boas e belas vivendas.

Laranjeiras teve mais palacetes construídos no século 19, mas com o decorrer do século 20, passadas as primeiras décadas e com a chegada da especulação imobiliária o bairro se tornou de classe média e bem mais adensado, com predominância de edifícios de apartamentos.

Já o Cosmo Velho, no século 20 e até os dias de hoje, é ainda menos adensado, e ainda reduto de grandes casarões e mansões, embora muitas delas tenham sucumbido à especulação imobiliária.

A rua mais famosa e conhecida do bairro, é a Rua Cosme Velho que desce seguindo o trajeto do Rio Carioca, que outrara descia a céu aberto. Existiu a tentativa de mudar o nome para Senador Otaviano, mas prevaleceu o antigo e tradicional nome, já que o povo continuava a chamar o logradouro por seu antigo nome.

Embora a construção do Tunel Rebouças possa ter aumentado o tráfego de automóveis no bairro, tornando-o de certo modo também uma área de passagem entre a Zona Norte e Sul da Cidade, o efeito não foi muito negativo, e bairro conseguiu manter seu charme e tranquilidade.

Como a história do Cosme Velho tem co-relação com a do bairro de Laranjeiras, seria interessante ver a página que fala sobre história deste outro bairro, onde fala-se também sobre o Cosme Velho.

Casario Pitoresco e Histórico

Fica no Cosme Velho, um pouco acima da Estação de Trem do Corcovado, um dos mais pitorescos recantos do Rio de Janeiro, o Largo do Boticário, logradouro que leva este nome em função do antigo proprietário do local no século 19, um boticário (vide antigos farmaceuticos) que também possuía uma botica na Rua Direita (atual Primeiro de Março) no centro do Rio de Janeiro.

Um dos mais célebres moradores do Cosme Velho foi Machado de Assis, mas o chalé onde o grande escritor morou sucumbiu ao "chamado progresso", e no lugar onde ficava sua morada, existe um grande edifício de condomínio de apartamentos de classe de execelente nível. Mas uma placa informativa sinaliza o local, pelo menos é o que constatei em 2011, e nas lojas que ficam em baixo do edifício existe um bar com livraria temática, bar e livraria diga-se de passagem de muito bom gosto e aspecto agradável, que como não poderia deixar de ser homenageia este escritor, membro fundador e primeiro presidente da Academa Brasileira de Letras.

Dizem os antigos, que antes do chalé de Machado de Assis ter sido demolido, existiu no local outra placa comemorativa, que foi inagurada pela Academia Brasileira de Letras, com presença e discurso de outro imortal, o escritor e poéta Olavo Bilac.

As Àguas Férreas

Em tempos passados, o Cosme Velho também era conhecido pelas águas do bairro, as Águas Férreas, e as vezes até chamado por este nome. Nestes tempos remotos, as propriedades ferruginosas das atraiam a visita de muitas pessoas ao local. Existe na Rua Cosme Velho, em situação bem preservada, entretanto com a fonte seca, a chamada "Bica da Rainha", onde a mais figura da antiga corte Portuguesa no Brasil, a Rainha D. Maria I e sua nora D. Carlota Joaquina costumam visitar para beber daquelas águas.

Antigo bonde das Àguas Férreas | Cosme Velho

Atrações do Cosme Velho | Pontos Históricos e Turísticos

O bairro possui muitas atrações turísticas e históricas e muitas delas concentradas em região próxima à estação de trem do Corcovado, ao longo da Rua Cosme Velho. Entre as principais atrações, alguma estão enumeradas abaixo.

Estação de Trem do Corcovado

Largo do Boticário

Chafariz das Águas Ferreas ou Águas Ferruginos, também chamada "Bica da Rainha"

Casario de interesse artístico, histórico e cultural como a casa que morou Austregésilo de Ataíde, a casa onde nasceu Eugenio Gudin e outras belas e antigas casas, casarões e mansões espalhados pelas imediações.

Existem dois muses na Rua Cosme Velho, muito perto da Estação do Corcovado, o Museu de Arte Naif do Brasil e o Museu de Pediatria.

Entre algumas construções que chamam atenção, estão a Igreja de São Judas Tadeu, o famoso Colégio Sion, a sede do DataPrev e a sede da Fundação Cesgranrio.

Outra residência que chama atenção é o chamado "Solar dos Abacaxis", antiga residência de um historiador chamdo Marcos Carneiro de Mendonça. Este palacete em estilo neoclássico foi construído em 1850, tendo adornos exóticos em forma de abacaxis nas sacadas.

Moradores Famosos

Até o século 19 o bairro teve como seus moradores mais famosos nobres titules do Império, compositores, e seu famoso e ilustre morador, Machado de Assis.

Do final do século 19 e no século 20, lá também moraram Eugenio Gudin, Austregésilo de Ataíde entre outras pessoas de destaque. O mais célebre morador ao final do século 20 e início do século 21 foi o jornalista Roberto Marinho, proprietário do Jornal O Globo, fundador e proprietário da Rede Globo de Televisão. Após sua morte, sua esposa continuou morando no mesmo casarão, onde ainda promovia festas até seu falecimento em 2010. Uma das ultimas pessoas famosas a comparecer à uma reunião de Dona Lili Marinho, à convite da mesma, foi a então candidata Dilma Roussef que viria logo à seguir ser Presidente da República.