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Escola de Música da UFRJ

Escola de Música

O prédio da Escola de Música da UFRJ, situa-se na Rua do Passeio 98, abrigando o Salão Leopoldo Miguez, é uma mportante sala de concerto conhecida por sua excelente sua acústica.

Foi inaugurado em 1922 e sua arquitetura é de estilo eclético. No local acontecem concertos de música clássica, seguindo uma programação de boa qualidade para quem gosta do gênero erudito.

No edifício da Escola de Música da UFRJ existe o auditório Leopoldo Miguez, que já foi muito utilizado para espetáculos, inclusive populares em tempos passados.

Hoje em dia os eventos no local não tem tido grande destaque mas volta e meia são apresentados espetáculos de música erudita de alta qualidade no Salão Leopoldo Miguez, às vezes com entrada franca. O auditório é utilizado também pelos alunos da faculdade de música.

À título de curiosidade, foi no auditório deste edifício, que Carmen Miranda participou de um concurso no longínquo ano de 1929, quando ainda era pouco conhecida. Após esta apresentação ela foi notada por um famoso compositor que ajudou-a a decolar em sua meteórica carreira artística.

O local já foi também chamado de Instituto Nacional de Música em tempos passados. Localiza-se em pleno centro do Rio, praticamente encostado no Largo da Lapa, e estando de frente para o Passeio Público.

Na foto ao lado aparece a Escola de Música, o edifício pintado em cor amarelo escura (ôcre) com alguns elementos em branco. O edifício ao lado, em tom azul, é o edifício do Automóvel Club do Brasil, em estilo neoclássico.

Escola de Música e Auditório

Edifício da Escola de Música da UFRJ, na Rua do Passeio, inaugurado em 1922, ao lado do edifício do Automóvel Club do Brasil, antiga sede do Cassino Fluminense.

No mesmo local da Escola de Música, havia um edifício (demolido) que abrigou a Biblioteca Nacional, antes da construção da nova sede na Av. Central, atual Av. Rio Branco.

Resumo Histórco da Escola de Música e do Edifício

A Escola de Música da UFRJ foi fundada em 13 de agosto de 1848 com o nome de Conservatório de Música, por Francisco Manuel da Silva (1795-1865) o autor do Hino Naciona Brasileiro.

A aula inaugural contou com a presença do Imperador D. Pedro II, quando ocorreu a seção solene no Museu Imperial, antigo prédio do Arquivo Nacional na atual Praça da República.

Em 1855 a Escola de Música foi anexada à Academia de Belas Artes, entretanto, até esta época ainda não contava com sede própria.

Sua primeira sede própria foi inaugurada em 1872, pela Princesa Isabel, na antiga Rua da Lampadosa, atual nº 52 da Rua Luiz de Camões, na Praça Tiradentes.

Com a Proclamação da República, o conservatório deu lugar, em 1890, ao Instituto Nacional de Música. Seu primeiro diretor foi o compositor Leopoldo Miguez (1850-1902) autor do "Hino da República".

Sob a direção do compositor Alberto Nepomuceno (1864-1920) o Instituto foi transferido, em 1913, para a Rua do Passeio, para o prédio que abrigou anteriormente a Biblioteca Nacional, construído e demolido no mesmo terreno do edifício atual da Escola de Música, que foi terminado e inaugurado em 1922.

Este prédio da Rua do Passeio 98, que abriga o Salão Leopoldo Miguez, é uma das mais importantes salas de concertos do país e conhecido pela excelência de sua acústica, foi inaugurado somente em 1922.

Sua arquitetura é de estilo eclético, seu interior é decorado com afrescos de António Parreiras e Carlos Oswald. Atualmente chama-se Escola de Música da UFRJ.

Do Antigo Conservatório à Escola de Música

No ano de 1833 surgiu no Rio de Janeiro a Sociedade Beneficiente Musical, criada por Francisco Manuel da Silva, o maestro carioca e autor do Hino Nacional Brasileiro.

As autoridades públicas, como o Imperador e seu Gabinete de Governo apoiaram a inciativa de Francisco Manuel e através de um decreto assinado no mês de novembro de 1841, aprovaram a instituição e também concederam-lhe 16 loterias cuja arrecadação seria em prol da instituição.

Em 1847 a instituição de Francisco Manuel foi transformada no Conservatório Nacional de Música, em 1890 passou a se chamar Instituto Nacional de Música antes de finalmente se firmar como Escola Nacional de Música.

Na falta de uma sede própria, em Agosto de 1848, as aulas começaram a ser dadas em uma sala terrea do Museu Imperial, edifício onde se situa hoje o Arquivo Nacional. As aulas para mulheres, eram dadas na Sociedade Amantes da Instrução.

Os primeiros passos e tempos do Conservatório foram um tanto incertos, mas em Janeiro de 1855, o ministro do Gabinete do Império, Luiz Pedreira do Coutro Ferraz, que viria a receber o título de Visconde do Bom Retiro, reorganizou o conservatorio através de decreto. Foram criadas aulas de contraponto, duas aulas de instrumentos de corda, duas de instrumentos de sopro e uma aula de canto. ( À título de curiosidade e anotação, o Visconde do Bom Retiro, membro do Gabinete Paraná, foi que comando o processo de desapropriação das terras para o replantio da Floresta da Tijuca. )

Neste mesmo ano de 1855, o Conservatório passou à ser uma seção da Academia Imperial de Belas Artes. Era também intenção do Governo, prover uma sede própria para o Conservatório, e para tal foi adquirido um terreno na esquina da Rua Leopoldina com Rua da Lampadosa, chamadas repectivamente nos dias de hoje de Princesa Isabel e Rua Luiz de Camões.

A pedra fundamental da construção foi lançada em Março de 1863, contando com a presença de Francisco Manuel da Silva, primeira idealizador da instituição. O edifício foi projetado pelo artista Josão José Alves e foi inaugurado em Janeiro de 1872.

Segundo autores, o edifício era de 2 pavimentos, tendo em sua fachada um pórtico e 2 janelas no térreo e 3 no andar superior voltadas para a Rua da Lampadosa. A fachada da Rua Leopoldina possuia muitas janelas, 11 no térreo e 13 no andar superior, sem muita elaboração artística.

Neste edifício também foi instalado o Conservatório Dramático Brasileiro. Em 1890, o edifício foi completamente reformado, e ganhou um auditório com decoração feita por Bernardelli, e o conservatório passou a se chamar Instituto Nacional de Música.

Neste auditório, aconteceram grandes concertos de artistas famosos em sua época, assim como conferências literárias. Estiveram no local escritores e poetas famosos no final do século 19 e início do século 20 como Medeiros e Albuquerque, Viriato Correia, Luiz Edmundo, Olavo Bilac e Coelho Netto entre outros.

Em 1910, o então Instituto Nacional de Música mudou-se para a Rua do Passeio, instalando-se no prédio que sediava a Biblioteca Nacional, que acabava ganhar uma imponente sede própria na Avenida Central, atual av. Rio Branco.

Este edifício foi demolido, para que uma nova sede fosse construída no mesmo local. A construção da nova sede iniciou-se em 1913 e foi finalizada e inaugurada em 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, durante a reitoria do Maestro Abdon Milanez.

Enfim, o prédio que se encontra no local nos dias de hoje abrigando a Escola de Música da UFRJ é o edifício construído inaugurado em 1922 dotado do auditório Leopoldo Miguez. Antes de se chamar Escola de Música da UFRJ, a instituição já se chamou também Escola Nacional de Música.

Endereço: Rua do Passeio Público, nº 98, próximo à Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro

Referências e Fontes:

  • Consulta a diversos livros sobre a história do Rio de Janeiro para dar suporte à criação desta página.