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Museu Histórico Nacional

O local do antigo Arsenal de Guerra, hoje é um Museu Histórico e também um espaço cultural, com um belissimo café-bar. Foi restaurado recentemente e conta inclusive com escadas rolantes em suas intalações. Possui um rico acervo acerca da história do Brasil, envolvendo pinturas, móveis ligados à fatos históricos, móveis e artigos de época, inclusive carruagens e automóveis antigos, e objetos que pertenceram a personagens históricos.

Onde Fica | Como ir lá

O Museu Histórico Nacional situa-se em uma região do Centro Histórico do Rio, próximo à Praça 15. O local é um pouco complicado para quem vai de ônibus ou à pé, mas a visita vale à pena.

O Que Existe para Ver

Um acervo acerca de tudo que diz respeito à história do Brasil, com peças, objetos, armas e indumentárias de época, documentos de fatos históricos, pintura de história e de época.

O local por sí só é também um atrativo por estar bem conservado e ter uma atraente arquitetura.

O local é também um espaço cultural, com local para exposições e eventos.

No local também existe um belo e acolhedor Bar-Café, muito bem ambientado. Enfim, é um local onde se pode passear e passar horas agradáveis.

Escalas rolantes e estátua de D. Pedro II - Museu Histórico Nacional

Estátua equestre de D.Pedro II entre duas escadas rolantes de acesso à pavimentos superiores do Museu, que ficam um pouco depois da recepção.

Museu Histórico Nacional | Calçada frontal com ala de palmeiras

Calçada e jardins frontais ao Museu Histórico Nacional fotogrado ao cair da tarde e início da noite. Uma ala de palmeiras e outra de bandeiras histórica do Brasil compõe o cenário com a imponente fachada.

Pátio interno do Museu Histórico Nacional em foto com as luzes já acessas

Pátio do Museu Histórico Nacional, pátio este que ganhou uma cobertura transparente.

Carruagens e automóveis do acervo do Museu Histórico Nacional

Hall de exposição do acervo de antigas carruagens e automóveis.

Pátio interno do Museu Histórico Nacional com a nova cobertura transparente

Pátio coberto visto em foto foi tirada no final de uma tarde, quando as luzes já estavam acessas. Na verdade, quase na hora de fechar o museu. Era um mês de Junho, no inverno, quando o dia escurece mais cedo.

História do Local | Muitas Construções e Destinações

O local onde está o complexo de construções que hoje abriga o museu, era chamado nos tempos coloniais e tempos do Império de Ponta do Calabouço ou Calabouço. Muita coisa ocorreu ao longo dos anos, e muitas construções e intervenções foram feitas no local e nos entornos ou áreas adjascentes.

A Ponta do Calabouço

Na verdade, aguas do mar chegavam muito perto da construção, e toda aquela área onde existe um viaduto em frente ao museu é aterro, feito no início do século 20.

Este local, chamado ponta do calabouço, era estreita ponta que seguia em direção ao mar, tendo de um lado a Praia da Piaçaba e de outro a Praia de Santa Luzia.

O mar chegava quase a encontar na Igreja de Santa Luzia, que continua a existir, perto da Academia Brasileira de Letras e edifícios do Ministério do Trabalho. Consequentemente, toda a área adiante da Igreja de Santa Luzia, onde existia a praia de Santa Luzia também foi aterrada.

Onde existe hoje o antigo prédio do MEC ou Ministério da Educação e Cultura, e também o prédio do Ministério do Trabalho e da Fazenda, existia o Morro do Castelo que foi demolido.

Forte Santiago

No local da ponta do calabouço, em 1567, Mem de Sá colocou vários canhões, construindo a chamada de Bateria de Santiado. Posterimente, esta bateria foi ampliada no ano de 1603 e passou a se chamar Forte de Santiago.

O Calabouço

O nome do local passou a ser conhecido como calabouço, por que a partir do ano de 1763 o Forte passou a servir também com prisão de escravos que fugiam ou cometiam delitos.

A Casa do Trem

Em 1762, o Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, que ganhou o título de Conde de Bobadela construiu ao lado do Forte de Santiago a chamada Casa do Trem. A destinação seria para a guarda dos armamentos (trem de artilharia) pertencentes a novas tropas vindas de Portugal com o intuito de reforçar as defesas da cidade, que então era cobiçada e ameaçada por corsário, por causa da notícia e fama dos carregamentos de ouro que vinha de Minas Gerais.

O Arsenal de Guerra

Após a mudança da capital do Estado do Brasil para o Rio de Janeiro, em 1764 foi construído o Arsenal de Guerra junto à Casa do Trem. A função do Arsenal de Guerra era fabricar e reparar munições.

Após a chegada de D.João VI, e principalmente após a independência, o conjunto de construções da Casa do Trem e do Arsenal de Guerra se transformaram no centro de fabricação, armazenamento e guarda de armas e munições para o Exécito do Brasil.

Início do Século 20 | Aterro do Calabouço e Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil

Após a proclamação da República, decidiu-se dar uma nova roupagem ao Rio, não somente com o intuito de moderniza-la esteticamente, como também por tendências de soluções urbanisticas da época, que se julgavam corretas.

O Prefeito Pereira Passos, foi um grande demolidor de várias construções e heranças históricas do Rio colonial e imperial, e assim, aplaudido de pé, abriu largas avenidas renovando a cidade do Rio de Janeiro aos moldes de Paris.

O Rio de Janeiro havia se tornado uma cidade em evidência desde uma feira mundial de 1889. Então vieram as comemorações do Centenário da Independência, em 1922. Uma grande feira foi organizada e para tal foi utilizado o local onde hoje é Museu Histórico Nacional, ou seja, a ponta do calabouço.

Foi nesta época, na década de 1929 que toda a área foi aterrada e reurbanizada para a grande exposição. As edificações dos antigos conjuntos da Casa do Trem e Arsenal de Guerra foram ampliadas e floreadas, com revestimentos arquitetônicos de inspiração neo-colonial.

A feira e exposição internacional foi um sucesso com mais de 3 milhões de visitantes, colocando o Rio de Janeiro em evidência no mundo todo. Quatorze nações participaram da feira, aberta em Setembro de 1922 pelo então Presidente Epitácio Pessoa. A feira prosseguiu até o mês de Julho de 1923.

A Criação do Museu

Na verdade, o Museu foi usado como parte desta Exposição do Centenário, com duas salas nas dependências da Casa do Trem.

O Museu Histórico Nacional foi criado por decreto do Presidente Epitácio Pessoa, em agosto de 1922, com intuito de criar um Museu voltado para a História do Brasil, tendo o museu iniciado suas atividades no mês de outubro do ano corrente.

O Museu nos Dias de Hoje

O Museu ocupa hoje todo o conjunto arquitetônico da antiga Ponta do Calabouço, que por sua vez nasceu a partir do Forte de Santiago

O primeiro curso de Museologia do país foi criado nas dependências do museu, e devido ao seu acervo e história, mantém-se como referência para outros museus, sendo internacionalmente conhecido e reconhecido.

Durante o Governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva foi reformado e melhorado, estando em excelentes condições, pelo menos quando em Junho de 2008.

Pátio interno do Museu Histórico Nacional, com belas varandas internas e com exposição de antigos canhõesChafariz no Museu Histórico Nacional

Fotos do pátio interno do Museu Histórico Nacional, onde podemos ver na foto do lado esquerdo o estilo neocolonial presente nor adornos, esquadrias e belas varandas internas. Muitos antigos canhões estão expostos enfileirados no pátio. Na foto do lado direito, vemos o centro do pátio com um chafariz composto de várias fontes.

Bistrô-café do Museu Histórico Nacional, instalado em antigas dependências do antigo Arsenal de GuerraBar-café do Museu Histórico Nacional

Bistrô-café do Museu Histórico Nacional, instalado em antigas dependências do antigo Arsenal de Guerra. Um ambiente rústico porém decorado com estremo bom gosto, criou um ambiente aconchegante e agradável.

Referências

  • Relato de visita ao local pelo autor desta página.
    Consulta a livros sobre o Rio de Janeiro e sua história para dar suporte à construção desta página.