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Catumbí, Bairro do Rio

O Catumbi é um antigo bairro da região cental do Rio de Janeiro.

Na primeira metade do século 19, existiam casas classe média com amplos jardins, e chácaras com pomares.

O bairro sofreu com o crescimento da cidade, e muito do que foi no passado, pode ser visto apenas nos livros, tendo sido desconfigurado em termos arquitetônicos e com as transformações de atividade econômicas.

Origens e História

O bairro de Catumbi leva este nome devido à esta palavra significar "atoleiro muito fundo". Geograficamente situa-se numa região baixa, localizada entre os morros do Catumbi e de Santa Teresa. O morro de Santa Teresa, na direção norte, carrega ainda nos dias de hoje o nome de Paula Matos.

O bairro do Catumbi é ligado é ligado à três rua de Santa Teresa, situadas em Paula Matos, sendo as rua do Oriente, do Progresso e do Largo das Neves. Estas ruas são ligadas ao Catumbi através das das ladeires de Miguel de Paiva, João Alfredo e Padre Miguelinho que se concetam com as citadas ruas de Paula Matos respectivamente. A que leva o nome Paula Matos, tem o início de sua numeração no bairro do Catumbi.

Chafariz do Catumbi, 1827, ainda preservado

A vida e perfil social, assim como as atividade econômicas que lá se desenvolviam eram muito diferentes do Catumbi dos dias de hoje e do século 20.

Nos tempo coloniais era aproveitado primordialmente para a lavoura de cana-de-açúcar. Era um vale úmido e de certo modo sombreado, e por este vale corria um rio nascido no alto do morro de Santa Teresa. Com o decorrer do anos e as transformações econômicas, as plantações passaram à ceder lugar, ainda nos tempos coloniais à casas e sobrados.

Casas de Classe Média, Chácaras e Sobrados no Século 19

No início do século 19 lá residiram importantes personagens e também pessoas de classe média, em casas cercadas de belos jardins, algumas com pomares e outras em chácaras.

Exista uma estradinha carroçável que ligava o Catumbi ao Rio Comprido, outro bairro localizado entre o prolongamento ocidental do Morro de Santa Teresa e os morros de Santos Rodrigues.

Em fins do século XIX, a região era uma região afastada e elegante, com muitos sobrados de classe média-alta. O bairro foi algumas vezes citados em obras do escritor Machado de Assis.

As Transformações no Século 20

No século ocorreu a expansão da malha urbana, voltada para outras direções da cidade, e com a construção de vias que facilitavam o caminho para Botafogo e a construção dos túneis que facilitavam o acesso à Copacabana, Ipanema e Leblon o bairro entrou num processo de decadência.

Socialmente e culturalmente falando o mar e a praia começaram a ser mais valorizado, e expansão da cidade se deu na direção do mar, com a procura da emergente classe média e classe média alta por estes novos endereços.

Algumas fábricas se intalaram no bairro como a Antiga Fábrica da Brahma na rua Marques de Sapucaí, onde fica a atual Passarela do Samba ou "Sambódromo" como é popularmente conhecido.

A construção do Túnel Santa Bárbara juntamente com um pequeno viaduto de acesso ao tunel, com intuito de ligar o Catubmi à Laranjeiras, permitindo acesso à Zona Sul foi talvez o golpe final para aumentar o processo de degradação, tranformando o bairro e mais um corredor de passagem de automóveis e ônibus urbanos.

Aliado à desvalorização das propriedades, o processo de ocupação de encostas por comunidades de baixa renda também contribuiu para agravar alguns problemas, principalmente nas ultimas décadas do século 20.

Atualmente, após o ano de 2005 e tempos atuais, em 2010, o governo federal e estadual tem interesse em ocupar comunidades de baixa renda providenciando serviços, policiamente e organização e certamente isto ajudará o bairro, dá mesma forma com tem proporcionado melhorias em outros locais da cidade.

Debret e o Catumbi

O famoso pintor Debret, integrante da Missão Francesa que veio ao Brasil a convite de Dom João VI para fundar a Academia Real de Belas Artes foi um dos ilustres moradores do Catumbi na primeira metade do século 19.

Antigos Moradores no Século 19

Entre alguns que lá habitaram, destaca-se também o Conde da Barca, um importante político e ministro ao tempo de D.João VI e o poéta Álvares de Azevedo.

Chafariz do Catumbi

O antigo Chafariz do Catumbi, construído à aproximadamente 200 anos atrás, ainda existe na Rua Frei Caneca, em frente ao Quartel da Polícia Militar. Esta área é considerado por alguns como parte do bairro Estácio, praticamente no início do Catumbi.

A construção do chafariz do Catumbi foi feita em 1817, durante a regência de D.João VI para reforçar o abastecimento de água na região.

A gravura apresentada de forma animada, no ínicio da página, representa o Chafariz do Catumbi e uma cena de rua com casario da época. Foi pintada pelo artista Vidal, em 1827.

Hoje o chafariz não funciona mais, sendo apenas uma relíquia e testemunho histórico de uma época quando a abastecimento de água na cidade era feito em alguns determinados pontos, pontos estes chamados chafarizes. Nestes locais a água ficava disponível para os moradores da cidade, que distante dos rios, iam ao local pegar água para sua casas.
Muitas vezes eram os empregados e serviçais que buscavam para os patrões.

Construções Importantes e Locais de Destaque no Bairro

Entre as construções e locais que chamam a atenção para o bairro estão o Chafariz do Catumbi, a antiga Fábrica da Brahma na rua Marquês de Sapucaí e o Sambódromo ou Passarela do Samba projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e construído na década de 1980 também na rua Marquês de Sapucaí.

Existe também no bairro do Catumbi o cemitério de São Francisco de Paula, onde estão sepultados algumas importantes figuras que ostentavam títulos do Império, como o Barão de Mauá e o Visconde do Itamaraty. O autor da melodia Hino Nacional, Francisco Manuel da Silva