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Parque Darke de Mattos em Paquetá

Pequena praia acessada pelo Parque Darke de Mattos

O Parque Darke de Mattos, na Ilha de Paquetá, possui árvores enormes e centenárias, uma trilha, dois mirantes e um terraço com lindas vistas para praias, montanhas, serras e ilhas circundantes.

O parque é também um exemplo de jardim romântico, possui playground, e entre seus belos recantos possui uma praia acessada por uma pequena passagem que lembra um covil de piratas.

Um parque romântico e moderno

O parque situa-se ao final da Praia José Bonifácio, do lado esquerdo de quem olha para o mar. Antes de chegar ao parque, passa-se também pela Praça Pintor Augusto Silva, com amplas áreas gramadas, árvores, coqueiros e playground, e logo à frente encontra-se o portão do Parque.

Para quem está de bicicleta, deve-se saber que não é permitido entrar com as mesmas em seu interior, isto é, pelo menos em Outubro de 2012, quando lá estivemos. Pode-se deixa-las na entrada, quem sabe sob a guarda de um vendedor de água e refrigerantes que faz ponto próximo ao portão.

O parque é amplo, possui imensas áreas gramadas, muitas vielas de saibro, ou seja, não pavimentadas, e do seu interior tem-se vistas para praias e entornos do arquipélago de Paquetá.

No parque existe também um amplo terraço de frente para o mar com vistas para a Baía de Guanabara e as grandes serras e maciços que a circundam. Uma ampla praça e playground com brinquedos, escorregadores e balanços para crianças se estendem de frente ao terraço panorâmico.

Mirante do Morro da Cruz

Ainda dentro dos limites do parque, existe o Morro da Cruz com um mirante no topo, e Morro do Vigário, que possui uma pequena trilha que leva à outro mirante.

Terraço panorâmico e pier no Parque Darke de Mattos

Terraço panorâmico e pier ao fundo no Parque Darke de Mattos. O pier é um dos mais belos recantos do parque, de onde se tem acesso à uma pequena praia, através de um pequeno túnel.

História do parque se mistura à extração do caolim

A história da Ilha de Paquetá ao longo dos século correu em torno da exploração de seus recursos naturais, como exploração das caieiras (fabrico do cal para construção, extração do caulim (argila para cerâmicas e papeis), exploração dos mangues, pesca e lavoura.

Até os últimos anos do século 19, as atividades na ilha eram baseadas em dois setores, atividade agrícola e caieiras, com intenso comercio com o Rio de Janeiro e arredores.

Os mais ricos moradores eram os proprietários de terras e caieiras, entretanto haviam moradores que viviam da pesca e lavoura em menor escala. Com o tempo as fontes de matéria prima se esgotaram, e a última caieira segundo dizem, fechou nos anos de 1940.

Durante o auge das caieiras, havia também a exploração de caulim, e segundo dizem, a extração deste material começou ainda no tempo dos Jesuítas, ainda no século 18, na Chácara do Morro da Cruz, local onde juntamente com suas áreas circundantes, é o Parque Darke de Mattos. A exploração era feita com autorização do proprietário das terras.

O Morro da Cruz, hoje em dia está muito reduzido em função desta extração, e ao subir para um mirante que situa-se no topo do mesmo, podemos ver túneis e cavernas decorrentes desta antiga atividade de extração.

Nesta mesma chácara, posteriormente, foi fundada a Fábrica de Tecidos Agricultora-Industrial, que teve curta duração, funcionando apenas até o início do século 20.

O proprietário da chácara após mudar-se da Ilha, passou a propriedade ao industrial Darke Bhering de Mattos, e o nome do parque, portanto, decorre em função do nome do provável último proprietário da chácara.

Praias de José Bonifácio e Moreninha vistas do Morro da CruzPequena praia no Parque Darke de Mattos

Acima, em primeiro plano, vemos o parque e mais ao fundo, a Praia José Bonifácio e mais atrás a Praia da Moreninha. Acima, do lado esquerdo, uma pequena e romantica praia, que pode ser acessada ao atrvessar um pequeno tunel, com acesso pelo recanto do pier do Parque Darke de Mattos.

Cenas do Parque

Mais abaixo, vemos algumas fotos tiradas no local. Da esquerda para a direita, um belo recanto do parque, onde vemos o pier em madeira, (precisando de alguma manutenção em Outubro de 2012).

Ao centro foto do parque, tirada logo na entrada. E do lado direito, uma foto tirada de dentro do mirante do Morro da Cruz, que fica no topo do mesmo morro.

Recanto com pier no Parque Darke de MattosParque Darke de Mattos - Árvores e jardinsMirante do Morro da Cruz, Parque Darke de Mattos, em Paquetá

O Morro da Cruz, foi muito explorado durante a extração do caulim em tempos passados. Ao subir ao mirante podemos ver cavernas e túneis que eram usados para a extração deste material.

Pequena praia vista de tunel no Parque Darke de MattosEscada do Mirante do Morro da CruzCaverna e túneis no Parque Darke de Mattos, em Paquetá

Acima, na foto do lado esquerdo, vemo um pequeno tunel, cujo acesso ao mesmo se dá pelo recanto do pier, visto na foto acima. Este pequeno túnel, por sua vez, permite passagem para uma pequena e bela praia, que foi mostrada em foto mais acima nesta página.

Na pequena foto ao centro, vemos uma escada de subida para o mirante do Morro da Cruz. Este mirante e as escadarias foram construídas ao estilo fantasioso dos componentes dos antigos jardins românticos, que eram muito comuns no século 19, podendo-se ver exemplos dos mesmos em partes dos jardins do Parque Lage e outros locais. Entretanto, este parque não é do século 19, sendo as últimas benfeitorias e últimas reformas feitas na segunda metade do século 20.

Na foto do lado direito, vemos túneis e cavernas no Morro da Cruz, vista na subida para o mirante. Veja também sobre a trilha e mirante do Morro de Vigário, neste mesmo parque.

Referencias e Fontes:

  • Relato de visitas visita ao local com fotos do próprio autor deste artigo.
  • Diversos livros sobre a história e iconografia da Cidade do Rio de Janeiro e Paquetá para dar suporte à criação desta página.