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Hotel Avenida - Rio Antigo

O Hotel Avenida foi personagem de uma época de brilho e glamour do Rio de Janeiro da Belle Epoque.

Construído em 1910 na recém inagurada Avenida Central (atual Av. Rio Branco) ao estilo de Paris, brilhou no cenário do centro da Cidade até 1957, quando foi demolido para dar lugar à construção do Edifício Central.

Um ícone do Rio Antigo do tempo da Belle Epoque

O Hotel Avenida inaugurado em 1910, mostrado nas imagens abaixo, durante anos foi um marco da cidade e ponto de referência, localizado na antiga Av.Central, hoje chamada Av. Rio Branco.

Hotel Avenida no cenário da Av. Central, atual Av. Rio Branco

Avanços e Modernidade ao Seu Tempo

O então moderno hotel para a sua época, possuia elevador, 220 quartos, sendo todos os quartos com telefone e iluminados com luz elétrica. Estes confortos oferecidos eram um avanço para a época.

Sua fachada frontal se extendia por 60 metros e altura do edifício era de quase 23 metros, que seria equivalente à um prédio moderno de 7 andares, mas o hotel contava com 5 pavimentos, já que ná époco o pé-direito ou altura usual entre as lajes dos pavimentos era normalmente maior que 3 metros.

Localização

O edifício ficava em uma quadra delimitado frontalmente pela Avenida Rio Branco, e nos fundos pelo Largo da Carioca. As fachadas laterais davam frente para a Rua São José (que teve este trecho extinto tornando-se um largo para pedestres) e uma antiga rua chamada Rua de Santo Antônio, que atualmente se chama Rua Bittencourt da Silva, transformada em rua de pedestres, onde fica hoje a entrada e saída da estação Carioca do metrô do Rio.

A Entrada em Cena

O Hotel Avenida foi inaugurado em 1910, tornando-se uma das principais estrelas da recém aberta Av. Cental, atual Av. Rio Branco, que conferia ao Rio de Janeiro ares Parisienses. Juntamente com a Galeria Cruzeiro, em sua parte térrea, abrilhantou a Av. Central até o ano de 1957, quando então fez sua ultima aparição no cenário arquitetônico e cultural do Rio de Janeiro.

Hotel AvenidaAntigo Hotel Avenida

O hotel pertenceu à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico-CFCJB, ou seja uma companhia de Bondes, que fornecia transporte urbano no Rio de Janeiro. Nas fotos pode-se ver um bonde chegando à um dos terminais que ficava à frente do hotel.

O hotel foi construido por Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá, logo após a abertura da Av.Central (Av. Rio Branco) ficando pronto no mesmo ano do término da construção do edifíco da Biblioteca Nacional na mesma avenida. O Teatro Municipal e o Clube Naval, assim como o edifício do antigo Supremo Tribunal Federal são construções da mesma época.

A Saída de Cena

O Hotel Avenida foi demolido em 1957 e exatamente seu lugar foi construído Edifício Avenida Central que foi inaugurado em maio de 1961. O antigo hotel tinha um ar Parisiense como era o Rio modernizado ao início do século 20, mesclando o estilo neoclássico com o ecletismo na arquitetura. O edifício construído em seu lugar é de estilo modernista, projetado pelo escritório de Henrique Mindlin e foi um dos primeiros edifícios no Brasil com estrutura metálica.

Foi demolido sob protestos de saudosistas, que não se conformavam de ver um ponto que já havia se tornado tradicional e tão ligado à vida das pessoas, deixar repentinamente de existir, vindo abaixo. Em seu lugar surgiu um novo ícone, representando uma nova era e um novo estilo, agora menos voltado para o Europa e mais voltado para o estido norte-americano. Muitas pessoas que por lá transitam, jamais imaginam, que o mesmo local, já foi palco de uma diferente construção e de um diferente estilo de vida, que tanto marcou o Rio de Janeiro da primeira metade do Século 20.

A Galeria Cruzeiro

No térreo do edifício do Hotel Avenida ficava a estação de passagem dos bondes da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, que se dirigiam à Zona Sul do Rio de Janeiro.

No mesmo local, em frente aos bondes, ficava a famosa Galeria Cruzeiro, com muitos bares e restaurantes em parte do pavimento térreo do Hotel Avenida.

As lojas, bares e restaurantes circundava o pavimento térreo com frente tanto para o Largo da Carioca como também para as ruas laterais. A galeria tinha o nome de "cruzeiro" devido à ter duas passagens ou galerias que se encontravam, em forma de cruz.