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Avenida Presidente Vargas

A av. Presidente Getúlio Vargas é considerada a mais larga das avenidas da cidade e uma das artérias de maior tráfego. Foi aberta nos anos de 1940 através do mesmo método de demolir grandes e inúmeros quarteirões, como utilizado na abertura da Avenida Central na primeira década do Século 20. A avenida passa por dois bairros, pelo bairro Cidade Nova e Centro do Rio.

Para abertura da avenida a solução foi demolir os quarteirões que existiam entre o lado par da Rua General Câmara e lado ímpar da Rua São Pedro, fundindo as duas ruas em uma só.

Estas duas ruas existiam começando no Campo de Santana ou Praça da República e indo até um pouco além da Igreja da Candelária. Com a abertura da Avenida Presidente Vargas, esta duas ruas deixaram de existir.

A Avenida também engoliu uma parte da Praça da República (antigo campo de Santana). Antigamente o Campo de Santana chegava até onde situa-se a Estação D. Pedro II da Central do Brasil e o Edifício do Ministério do Exército.

A avenida corre também ao longo do Canal do Mangue entre a antiga Praça 11 de Junho até o encontro com Av. Francisco Bicalho. Neste trecho foi feita a fusão das duas ruas que corriam de cada lado, as Ruas Visconde de Itaúna e Senador Eusébio, que passaram a ser chamar Presidente Vargas, tornando-se a parte da Av. Presidente Vargas que corre ao longo do Canal do Mangue.

Av. Presidente Vargas

Av. Presidente Vargas, vista em direção à Zona Norte. À direita o prédio da Prefeitura do Rio.

Av. Presidente Vargas

Av. Presidente Vargas em direção ao Centro do Rio. Vemos à esquerda o edifício Teleporto e o complexo de edifícios do Correios e Telégrafos.

Desaparecimento do Largo do Capim e Praça 11 de Junho

Como decorrência do traçado da Av. Presidente Vargas, desapareceu o antigo Largo do Capim e a tradicional Praça Onze de Junho, da qual não restou praticamente nada.

Igrejas de São Pedro demolida enquanto a Igreja da Candelária foi preservada e valorizada

Três igrejas históricas foram demolidas para dar passagem à avenida, sendo a de São Pedro, também conhecido como de Igreja de São Pedro dos Cléricos, a de Bom Jesus do Calvário e a de São Domingos. Entretanto, a Igreja da Candelária que situa-se exatamente no centro do traçado da avenida foi poupada.

Se por um lado foi sacrificada a Igreja de São Pedro, por outro lado a abertura da Av. Presidente Vargas abriu o campo de visão para as fachadas da Igreja da Candelária, que antes era espremida entre antigas e estreitas ruas, quando então suas fachadas e volumes não podiam se contemplados de longa distância.

Em torno da Igreja da Candelária, foi criada a Praça Pio X, tendo a avenida passando ao redor da mesma.

A demolição da Igreja de São Pedro, cuja construção assinala o ano de 1733, ocorreu em 1944, sob muita consternação dos preservacionaistas e tradicionalistas, pois era uma das mais importantes igrejas da cidade, sendo considerado uma das obras primas do Barroco Carioca, sendo a única da cidade que externava suas características de volume através da fachada. Além deste fato, causou extremo pesar por seu interior decorado por Mestre Valentim, através de um talha em estilo Rococó.

Av. Presidente Vargas

Av. Presidente Vargas vista em direção ao Centro do Rio. À esquerda o edifício do Ministério do Exército e do lado direito o Campo de Santana, atual Praça da República.

Abertura da Av. Marechal Floriano causou demolição da Igreja de São Joaquim em 1904

Na área, também existia uma quarta igreja demolida, a Igreja de São Joaquim que situava-se ao lado do Colégio Pedro II. Esta entretanto foi demolida em 1904, durante as grande intervenções de modernização do Rio de Janeiro pelo Presidente Rodrigues Alvez em conjunto com o Prefeito Pereira Passos. A demolição à sua época, foi justificada para alargar a antiga Rua Estreita de São Joaquim, e assim e abrir Avenida Marechal Floriano, que passou a existir no lugar da antiga rua.